I – Pesquisar o ponto.
É preciso fazer uma pesquisa de localização. Se puder, contrate uma empresa para fazê-la. Do contrário, é amadorismo. Dizer que a rua movimentada é o melhor local pode ser precipitado. Para alguns empreendimentos certamente é; para outros, nem tanto. Se o seu potencial cliente é de alto poder aquisitivo, por exemplo, não será interessante estar em ruas muito movimentadas.
Outro cuidado a ser tomado é com o fato de que muito movimento pode significar falta de tempo para observação. A análise do movimento deve ser feita em dias e horários diversos. Verifique os hábitos de quem transita e se os horários de movimento coincidem com a utilização de sua loja ou serviço. Mantenha-se afastado de parques e praças mal iluminadas, a segurança do cliente é muito importante.
Até o lado da rua é importante. Prefira o lado onde faz sombra à tarde. Alguns negócios dão mais certo se estiverem na mão conveniente do consumidor. Uma padaria, por exemplo, tem mais perspectivas no sentido centro-bairro.
II – Mercadoria e sistema de trabalho.
As cidades e os bairros têm suas necessidades. Por isso, verifique se o tipo de mercadoria e o sistema de trabalho oferecidos por você vão ao encontro desses anseios.
III – Potencial do perímetro comercial.
O ponto também depende do mercado que está ao seu redor. É preciso traçar um perfil do consumidor potencial, levando em conta itens como renda, número de carros por habitante, recolhimento do ICMS e estilos residenciais e comerciais, entre outros. Em outras palavras, é preciso certificar-se de que o seu futuro cliente realmente passa por aquele local.
IV – Tendência populacional.
A tendência populacional é muito importante. Além de analisar a situação presente, é preciso estudar os índices de crescimento e as expectativas gerais. São Paulo, por exemplo, tem experimentado uma redução populacional nas regiões centrais e uma forte elevação na periferia. Em uma mesma cidade, sempre há áreas que estão em declínio de poder aquisitivo e outras em ascensão. É preciso conhecer a tendência para estar preparado quando as mudanças se consolidarem.
V – Disponibilidade para abertura do negócio.
A região pode ser a ideal para o seu negócio, mas pode não haver disponibilidade de imóveis. Às vezes eles são inexistentes e, quando existem, os valores referentes ao ponto são proporcionalmente muito altos para o capital do empreendedor, o que tornaria o negócio inviável. Em situações assim, a solução é a ida para bairros, pequenos centros comerciais e shopping centers regionais, onde a análise, como sempre, deverá ser criteriosa.
VI – Localização.
A proximidade a outros serviços como chaveiros, ponto de táxi, correio, banco 24 horas e até mesmo supermercados poderá ser uma associação interessante. Esse, aliás, é um dos atrativos dos shoppings. Nesse caso, evite os finais de corredor, o último andar e outros locais de pouca movimentação. Localizar-se perto das escadas rolantes, das praças de alimentação e das lojas âncoras é mais interessante.
VII – A vizinhança.
Pode não ser bom ficar isolado, longe de outros comércios. Mas analise quem vai ser o seu vizinho. A incompatibilidade com alguns serviços é notável e afasta o cliente. Imagine, por exemplo, uma loja de perfumes ao lado de uma peixaria.
VIII – Ponto de ônibus.
Essa referência também é relativa, avalie o seu produto. Pode ser bom para produtos de alta circulação e baixos valores, mas ruim para produtos e serviços de maior valor aquisitivo. Nesse caso, desvaloriza o empreendimento.
IX – Portas fechadas.
Verifique o perfil do seu cliente. Clientes de menor poder aquisitivo são receosos a portas fechadas por acharem que os preços são mais altos. Mas isso não significa que se possa descuidar do visual ou da comodidade. Já as classes média e média-alta exigem mais conforto e segurança, até mesmo no estacionamento.
X – Concorrência.
Verifique se o mercado já não está saturado para o seu produto. Se os indícios apontarem para uma atração cumulativa, é bom – desde que o empreendedor esteja consciente do seu diferencial no mercado. É que não é interessante apenas oferecer mais do que já existe na região. É preciso se diferenciar para se sobressair.